Tantos caminhos para uma ilha tão pequena
Agosto 16, 2021




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Agosto 16, 2021
Agosto 10, 2020
Dezembro 20, 2012
Há treze anos (e não fazia a mais pequena ideia de que já tinha passado tanto tempo), no Verão de 99, estava em Santa Cruz da Trapa, num antigo sanatório convertido em colónia de férias temporária para um bando de adolescentes e pré-adolescentes. Entre caminhadas e espectáculos de teatro amador, aulas improvisadas de aeróbica e descobertas de lagoas escondidas, os dias corriam com a bravura digna dos dias de Verão. Sol, pele queimada, roupa poeirenta e suada. Conversas que se dilatavam na justa proporção dos dias longos. Num desses dias, através de um jornal ou de uma televisão, alguém se lembrou de Nostradamus. O medievo tinha anunciado o fim do mundo para o dia 11 de Agosto de 1999. O Apocalipse em época alta.
Sentimos aos poucos uma inquietação a borbulhar. Logo pela manhã. Durante a tarde. Os mais corajosos assustavam os mais frágeis para se sentirem eles mesmos menos vazios. "O mundo vai acabar." "Nostradamus escreveu que o mundo ia acabar hoje." "É uma brincadeira." "Não vale a pena acreditar." "A que horas?" O mundo ia acabar e o dia continuava a lembrar-nos disso. Nessa noite fomos levados para um bosque nas redondezas para um dos jogos nocturnos com que nos tinham ocupado nas noites anteriores. Mas nessa noite ninguém se divertiu. Alguns choraram. Alguém gritou "eu não quero que o mundo acabe sem jantar com a minha mãe." Não fui eu, juro. Passei a maior parte do tempo em observação, imaginando-me estacionado numa cápsula, enquanto o tempo se cruzava à minha volta de forma oblíqua.
Voltámos ao sanatório. Decidimos que dormiríamos todos no quarto de cima, o maior. Furtámos da despensa uns pacotes de bolachas e outros tantos pacotes de leite. Comemos e bebemos tudo, enrolados em sacos-cama. Eventualmente acabámos por adormecer, e eu posso ter sido o primeiro. No dia seguinte lembro-me de acordar e andar ligeiro até à varanda. Estava frio. Encontrei uma manhã fria de Agosto mas a rebentar de claridade. A relva continuava verde e pisada. Tinha 13 anos nesse Verão de 99. Passaram-se exactamente 13 anos e ameaçam-nos de novo com o fim do mundo. Mas o mundo não acaba. E tranquilizamo-nos com a mesma certeza que noutras ocasiões nos perturba: tudo está na mesma, tudo ficará na mesma.
Setembro 01, 2010
Agosto 08, 2010
O meu Google Reader sente-se triste.
Eu também.
Julho 06, 2010
Julho 06, 2010
(há muitos meses que não visitava a padaria do bairro mas a política continua a mesma: "Fiado só amanhã")
Julho 05, 2010
Um computador em cima das pernas. 40º lá fora.
Mesmo com todas as janelas de casa abertas não há corrente de ar que nos valha.
A Fátima Lopes saiu da SIC e o José Figueiras está a apresentar o programa dela.
O Emanuel tem uma nova música. Parece igual às anteriores.
Tem mais duas bailarinas e o playback continua irreprensível.
Sinto-me um reformado sem ser reformado.
Estou de férias mas com trabalho ainda a pesar.
Emanuel diz que o seu novo álbum tem ritmos que se ouvem actualmente pelo mundo fora. Kizomba e Kuduro. E Marchas Populares.
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